Espaço Fisio Mary Mello



julho 27, 2016

O Sistema Vestibular inclui as partes do ouvido interno e o cérebro que processam as informações sensoriais e fornece informações sobre o movimento e a posição da cabeça, contribuindo para a sensação e a percepção da posição e do movimento do corpo como um todo.

Há dois sensores do movimento:

  1. Canais semicirculares: detectam movimento rotacional da cabeça

 

  1. Órgãos otolíticos: detectam aceleração linear (na vertical, horizontal e na inclinação)

 

Nosso sistema nervoso depende de informações vindas também de outros sistemas sensoriais disponíveis, espalhados pelo corpo como sistema visual, Sistema somatossensitivo que dá informações sobre a posição e o movimento do corpo em relação a uma superfície.

 

Os distúrbios vestibulares mais comumente diagnosticados incluem vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), labirintite ou neurite vestibular, doença de Ménière,  neuroma acústico. Outros problemas relacionados com disfunção vestibular incluem enxaqueca associada vertigem e complicações de doenças auto-imunes e alergias.

 

Pacientes com disfunção vestibular apresentam percepções anormais do movimento, sentem como se estivessem girando, balançando, flutuando ou que o ambiente gira ao redor.

Nenhum sistema sensorial isolado fornece todas as informações necessárias para sentir o movimento do corpo todo. Cada um fornece informações diferentes e igualmente necessárias.

No Brasil, a Fisioterapia Vestibular foi reconhecida como área de atuação pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) através da Resolução nº. 419/2012 (02 de junho de 2012 – D.O.U. nº 131, Seção 1, 09/07/2012).

Pesquisas cientificas nos ajudam a entender porque encaminhar ou começar a Fisioterapia Vestibular o quanto antes pode proporcionar melhora dos sintomas de tontura e prevenir complicações futuras, como aumento da insegurança, ansiedade e a  possibilidade de quedas e a redução da qualidade de vida do paciente. A intervenção pela Fisioterapia Vestibular, já na fase aguda, promove um tratamento efetivo e seguro nos casos de pacientes com síndromes vestibulares.

ARTIGOS:

+ Nos casos de vertigem posicional paroxística benigna [VPPB], as manobras de reposição dos cristais são mais eficazes e melhoram a qualidade de vida quando comparado ao uso de medicamentos antivertiginosos (Bhattacharyya e cols, 2008).

+ Pacientes submetidos tardiamente às manobras de reposição ou liberatórias para VPPB apresentaram mais queixas de tontura residual 03 meses após a intervenção (Seok e cols, 2008).

+ A intervenção precoce (antes de 6 meses de evolução) da FV em pacientes com tontura sugerem melhores resultados do que os pacientes que iniciam o tratamento tardiamente. Quanto mais próximo da fase aguda, melhor o resultado terapêutico (Herdman, 2012).

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