Espaço Fisio Mary Mello



janeiro 26, 2016

O estresse pode ser gerado por uma variedade de fatores como doenças ou patologias que gerem uma reação do sistema imunológico.

Estresse pode ser definido como a resposta do corpo diante um estímulo físico ou psicológico que represente uma ameaça ao equilibrio corporal. Ele produz modificações na estrutura e composição química do corpo que podem levar ao surgimento de doenças psíquicas e/ou físicas.

O estresse pode ser gerado por uma variedade de fatores como doenças ou patologias que gerem uma reação do sistema imunológico; Períodos de exposição prolongada ao frio ou calor extremo; Fome extrema ou maus hábitos alimentares frequentes podem ativar o sistema metabólico e levar ao estresse (um exemplo disso é uma alimentação rica em colesterol, que é uma substância que, após ser metabolizada, dará origem a um dos hormônios liberados no processo de estresse: o cortisol); Conflitos emocionais intensos ou constantes podem ser o gatilho do estresse para o sistema neuropsicogênico.

O estresse pode ser dividido em agudo e crônico:

O estresse agudo corresponde ao início do processo e, durante esta fase, o sistema nervoso autônomo simpático estimula as glândulas adrenais (que ficam localizadas acima de cada rim) a liberar hormônios denominados adrenalina e noradrenalina. Estes hormônios irão preparar o corpo para enfrentar uma situação difícil (“reação de luta ou fuga”) e, para isso, irão gerar alterações no coração, pressão arterial, pulmões, estômago, intestinos, sistema urinário e sistema muscular. Estas alterações irão ocorrer com o objetivo de gerar uma reserva de energia para o indivíduo ser capaz de “lutar ou fugir”. Esta fase do estresse geralmente não acarreta prejuízo ao organismo e, assim que a causa do estresse for resolvida, o corpo reabsorve os hormônios liberados e recupera seu estado de equilibrio. No entanto, se o mecanismo gerador de estresse permanecer por muito tempo ou, se vários fatores estressantes surgirem ao mesmo tempo, o individuo entrará na fase de estresse crônico.

Durante o estresse crônico o cérebro, ao interpretar um estímulo como estressor, irá gerar uma reação hormonal em cadeia que acabará por estimular as glândulas adrenais a liberar um tipo diferente de hormônio daquele liberado durante o estresse agudo: São os hormônios glicocorticóides, sendo o mais conhecido pelos seus efeitos negativos sobre o corpo, o cortisol. O cortisol estimula o fígado a produzir glicose e isto induz o pâncreas a secretar insulina. Este mecanismo normalmente é utilizado para gerar energia para o corpo se movimentar, no entanto, o cortisol não deixa que o organismo utilize a glicose produzida, o que poderá contribuir para o diabetes. Ele aumenta a produção de proteínas pelo fígado, mas diminui o transporte das mesmas para os músculos, podendo gerar fraqueza muscular. Segundo Guyton (2006), Na presença de um grande excesso de cortisol, os músculos podem se tornar tão fracos que o individuo não consegue se levantar da posição agachada. No estômago o cortisol estimula a liberação de ácido clorídrico, o que pode levar à degradação da mucosa gástrica e duodenal gerando úlcera e gastrite. O cortisol também altera a produção de hormônios sexuais, estimula a retenção de água e sódio (o que aumenta a pressão arterial podendo levar à hipertensão arterial) e reprime a produção de anticorpos (extremamente importante para uma boa imunidade).

Vários estudos sugerem que o estresse, além de estar envolvido nos eventos cardiovasculares e coronariopatias, também pode ter alta incidência no desenvolvimento da depressão, doenças autoimunes, alergias, artrite reumatóide, asma, dores musculo-esqueléticas, tensão pré menstrual, cólicas menstruais, dores de cabeça, herpes simples, colite ulcerativa e doenças imunológicas.

Hoje em dia ouve-se muitos diagnósticos tendo como base o estresse e isto é tomado como um fator causal sem cura ou sem abordagens eficazes capazes de diminuir seus efeitos. No entanto, uma vez que o fisioterapeuta conheça a fisiologia, o caminho e as alterações geradas pelo estresse, poderá elaborar um programa de tratamento capaz de diminuir os efeitos deletérios do mesmo ou diminuir a produção de hormônios estressores.

Osteopatia: O tratamento osteopático visa principalmente regular e reequilibrar o sistema nervoso autônomo, que é responsável por grande parte das alterações geradas pelo estresse. Ainda, a avaliação e tratamento do paciente em sua globalidade permitirá que o corpo reencontre seu equilibrio natural mais rapidamente e gere condições para que o organismo funcione adequadamente, assim, o indivíduo poderá reencontrar saúde e bem estar.


Por ESPAÇO FISIO MM

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