Espaço Fisio Mary Mello



julho 27, 2016

A INCONTINÊNCIA URINÁRIA (IU) é a queixa mais comum nos consultórios de Fisioterapia Uroginecológica, sendo caracterizada como uma perda involuntária de urina. Pode ser classifica em IU por esforço, quando está associada ao aumento de pressão abdominal (tosse, espirro, atividade física); IU por urgência (associada a um forte desejo de urinar) e mista quando há a associação dos sintomas de esforço e de urgência. Acomete mais às mulheres devido a fatores de risco, como por exemplo, o hipoestrogenismo, gestações e multiparidade. Os homens também podem apresentar IU, principalmente após a cirurgia de prostatectomia radical ou parcial, além de crianças com enurese noturna (“xixi na cama”) e disfunção do trato urinário inferior.

As mulheres também apresentam mais constipação, conhecida popularmente como “prisão de ventre” e podem ser beneficiadas quando a sua origem é de causa muscular. A incontinência fecal é a perda involuntária de fezes ou flatos e a fisioterapia pode atuar melhorando o tônus e a força da musculatura perineal, aumentando, consequentemente, o fechamento do esfíncter anal e diminuindo as perdas indesejadas.

As disfunções sexuais podem ocorrer em qualquer fase do ciclo de resposta sexual, mas três disfunções, em especial, podem ser muito beneficiadas com a fisioterapia. A ANORGASMIA pode ocorrer por uma fraqueza ou flacidez dos músculos do períneo e o objetivo é melhorar a consciência e fortalecimento dessa região. Se a paciente apresenta dor durante a relação (DISPAREUNIA) que pode ser por uma tensão ou trigger points nos músculos vaginais, o objetivo será melhorar a flexibilidade e normalização do tônus. O VAGINISMO é uma disfunção na qual a paciente contrai involuntariamente os músculos impedindo a penetração do dedo, do pênis ou de algum objeto (ex. espéculo – aparelho usado na avaliação ginecológica). O trabalho de dessensibilização e consciência dessa região é imprescindível para o sucesso da terapia.

 

O princípio do tratamento é a normalização do tônus muscular, ganho de força adequada e restabelecimento da função do assoalho pélvico. São utilizdos recursos como:

Cinesioterapia: exercício para ganho ou melhora da força e resistência. Podemos utilizar a terapia manual para potencializar esses ganhos, como também auxiliar no relaxamento dos músculos;

Eletroestimulação: estímulo elétrico para melhorar a consciência e tonificação do assoalho pélvico, diminuir a dor perineal ou inibir a atividade da musculatura da bexiga durante o seu enchimento;

Biofeedback: aparelho que mostra a atividade muscular. Podemos trabalhar para relaxamento ou ganho de força.

Outros recursos podem auxiliar como a ginástica hipopressiva que tonifica, tanto a musculatura abdominal quanto a perineal. É importante que o fisioterapeuta leve em consideração disfunções posturais que influenciem diretamente na função do assoalho pélvico, que devem ser tratadas concomitantemente.

Podemos atuar de forma preventiva! O ideal seria que a população fosse  orientada a realizar exercícios para o assoalho pélvico mesmo sem apresentar qualquer disfunção.

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